Não que eu tenha passado esse tempo todo fechando essa lista, ela está fechada desde Janeiro de 2011. Mas assim como o Soda Indie demora semanas para publicar um review, eu demorei meses pra sentar e escrever essa lista que, sim, foi difícil de fazer. 2010 teve tantos discos fodas de bons (e olha que eu não ouvi nem um terço do número de álbuns que o Felipe Killer do Vinyyyl ouviu, por exemplo) que foi muito difícil fazer essa lista, talvez a minha mais pessoal até o momento. Tanta dificuldade me fez fazer um Top 10 extremamente baseado em conexão emocional com 12 álbuns já que 3 dividem igualmente, lado a lado, o topo da lista porque eu não consegui decidir qual era melhor que o outro.
Então, com quase 9 meses de atraso (uma gestação) e com perigo de ser 300% irrelevante a essa altura do campeonato, eu lhes apresento aqueles que foram os 10 melhores álbuns de 2010 na minha opinião.
Se prepara psicologicamente porque o post tá monstruoso!
Se preparou? Mesmo? Olha lá, hein, eu não me responsabilizo por quaisquer danos que você sofrer depois do pulo!
Antes de começar nossa brincadeira gostosa, eu fiz uma playlist com minhas 3 faixas favoritas de cada álbum na ordem que eles vão ser apresentados aqui e eu recomendo que você clique aqui pra ouvir no Grooveshark. Clicou e começou a ouvir? Então bora lá!
#10. Marina & The Diamonds – The Family Jewels
Essa britânica descendente de gregos e com nome cheio de glamour, Marina Diamandis, se ergueu da internet pra entrar em estúdio e lançar um disco extremamente maduro e cheio de personalidade para uma artista debutante. Assim como Lily Allen, Marina conseguiu cativar excelentes produtores (incluindo o hypado Greg Kurstin, que produziu o segundo LP de Lily, que ocupou essa mesma posição na lista de 2009) para forjar um disco coeso, com um estilo próprio e cheio de frescor. Fazendo uso de harmonias, progressões e arranjos vocais que referenciam a música mediterrânea como um todo e vestindo uma roupagem rock-eletro-pop dramática turbinadas por letras extremamente pessoais e diretas, Marina criou seu diamante bruto, anunciando o que pode ser o som pop que vai atingir as rádios em cheio em algum tempo. Mas, infelizmente, como acontece com artistas pop avançados que não têm uma aparato de mídia a seu favor (Marina acusou sua distribuidora estadunidense de não investir o suficiente na divulgação dela na terra de Obama), o disco não foi um sucesso de vendas como deveria, apesar de sua turnê esgotada e ótimas críticas da imprensa especializada. Vendendo ou não, Marina fez um disco que eu escuto inteiro com a sensação de delícia passando pelo meu corpo. Música autoral sofisticada sem deixar de ser pop, foi isso que Marina conseguiu com suas jóias da família. Como ela mesma diz: “I am Marina, you are The Diamonds.”
Na playlist: Rootless, Oh No!, Shampain.
#9. MGMT – Congratulations
Esculachados pela crítica cri-cri por não continuarem com o indie pop drogadinho paz-e-amor do seu primeiro disco, os lindos do MGMT entregaram em 2010 (além de uma das capas mais legais) um álbum que, ao lado dos de bandas como Girls, Of Montreal, Akron/Family, solidifica o psicodelismo na música dos anos 2000 (que muita gente insiste em dizer que não existe). Completamente insano, deliciosamente experimental, perigosamente sem limites: esse é Congratulations, um LP em que as sonoridades não se repetem e as viagens são alucinantes. Sem abandonar as guitarras, os sintetizadores e os vocais agudinhos, o MGMT não dá exatamente uma guinada em seu estilo mas sim decide subir mais a montanha da psicodelia, que eles já tinham começado a escalar no Oracular Spectacular. Mesmo porque os relatos da turnê do seu primeiro disco descrevem praticamente um show de rock progressivo, com muita viagem e improviso, às vezes ao limite da chatice segundo alguns. Apesar de todo o discurso dos críticos de que eles deveriam ter continuado pop, esse segundo LP da dupla é o equivalente de 2010 ao Album do Girls, ou seja, uma maravilhosa e colorida guloseima para viajar sem sair do lugar.
Na playlist: Brian Eno, It’s Working, Congratulations.
#8. Chromeo – Business Casual
A dupla de eletrofunk mais sexy da atualidade volta para um terceiro LP que é, sem dúvida, ainda melhor do que o já ótimo Fancy Footwork, o segundo deles. Com uma diferença: aqui eles estão nos anos 70 e não nos anos 80 como em seus trabalhos anteriores. Tendo trabalhado em turnê com a dupla sensação dos anos 70 Hall & Oates, a dupla canadense formada por um judeu e um árabe detona 10 faixas cheias de sensualidade, romantismo e suingue, mantendo mulheres esculturais e diálogos de casal como tema central de suas composições. Com seu bom humor já conhecido, a dupla sobe de nível com um som mais classudo e mais contagiante, fazendo um disco dançante que também funciona como trilha pra um jantar mais quente com o ser desejado (risos). E mesmo sem tirar o remelexo dos anos 70, o som dos dois lindos soa fresco e até futurista em algumas canções. Sem medo de soarem bregas, os Chromeo fazem um disco classe A que não é nada menos que um deleite para os ouvidos e os quadris.
Na playlist: Don’t Walk Away, Hot Mess, When The Night Falls.
#7. Owen Pallett – Heartland
O artista antes conhecido como Final Fantasy lança seu primeiro LP usando seu nome como nome artístico em sua carreira solo e só continua subindo a linda colina orquestral que é a sua carreira. Além de arranjar para Arcade Fire (de quem é amigo pessoal), Pet Shop Boys e The Last Shadow Puppets (cujo debut foi o #10 da lista de 2008), Owen tem uma brilhante carreira solo. Além de ser um mestre do violino, ele é um arranjador de primeira classe, figurando entre os artistas que continuam a passar a borracha na imaginária linha que divide o erudito do popular. Tendo como verve principal mundos narrativos imaginários e a marcante convivência harmônica entre sintetizadores e arranjos orquestrais pouco convencionais, Pallet canta suas histórias com sua voz doce que insiste em transitar entre a raiva e a suavidade, fazendo uso de harmonias irresistíveis e dissonâncias surpreendentes. Nesse trabalho o multi-instrumentista se mostra um artista seguro e irreverente sem perder a graça e a fantasia que acompanham seu trabalho solo desde quando ainda atendia pelo nome da famosa série de RPGs. Inclusive justamente para evitar possíveis problemas com a tal série de RPGs é que ele resolveu abandonar a alcunha pela qual era antes conhecido. Porém não se engane: o nome mudou, mas o artista é o mesmo.
Na playlist: Flare Gun, Midnight Directives, Lewis Takes Action.
#6. Cee-Lo Green – The Lady Killer
Não, o gostosão Cee-Lo não é um ginocida. Ele é um conquistador, um amante incorrigível. E um monstro do soul moderno. Nesse seu primeiro trabalho solo depois dos dois geniais discos do Gnarls Barkley, sua parceria abençoada com Danger Mouse, Cee-Lo assume sem pudor a figura do soulman galanteador sem perder o gosto urban de sua persona já conhecida. Não consigo pensar em outra palavra pra definir esse LP além dessa: classe. Claro que eu tenho tesão pelo negão, risos. Mas a classe dele me deixa até com vergonha dos meus desejos carnais. Mr. Green assume um personagem (como outro artista dessa lista, mais para frente…) e transpira esse matador de damas em cada uma das faixas dessa jóia da black music do século XXI. Não é um disco conceitual, as músicas não necessariamente se encaixam em uma narrativa, mas a coesão do personagem-título do disco aparece na interpretação de Cee-Lo. E a interpretação dele é sem esforço, poderosa, sexy, espiritual, classuda. É muita classe pra um disco só, minha gente. Sem dúvidas, dessa lista, é o disco com o que eu mais me relaciono fisicamente. Suas classe e sensualidade, Mr. Green, não matam só damas, elas podem matar este cavalheiro aqui também.
Na playlist: Wildflower, Bright Lights Bigger City, It’s OK.
#5. Belle & Sebastian – Write About Love
Depois do irresistível e suingado The Life Pursuit, a realeza escocesa do indie retorna às suas raízes tweepop mantendo a sonoridade retromoderna do LP anterior. Com mais baladas do que qualquer outro disco da banda, Write About Love é um puta disco, mas isso não é surpresa. A surpresa aqui fica por conta de como a banda consegue colocar suas ensolaradas melodias reminiscentes dos anos 60 em completude com a sonoridade robusta do rock moderno e muitos sintetizadores com pitadas orquestrais. A trupe de Stuart Murdoch mostra nesse disco que ser indie ainda é digno (nunca vai deixar de ser, quem diz o contrário é recalcado #muitofranco) e que clima e intenção não definem a qualidade de uma canção. De brinde ainda tem Norah Jones cantando uma das lindas baladas, a atriz Carey Mulligan sendo fofa na magnífica faixa-título e a psicodélica e divertida I’m Not Living In The Real World. Sem dúvida um dos pontos altos da dourada discografia da banda e uma prova de que eles estão bem longe de virar cachorro morto.
Na playlist: I’m Not Living In The Real World, I Want The World To Stop, Come On Sister.
#4. Sufjan Stevens – All Delighted People EP
Não se engane pelo EP no final do título: esse disco tem 59 minutos e 15 segundos de duração. Sim, o LP propriamente dito que o anjinho Sufjan lançou em 2010, The Age Of Adz (que por sua vez tem 74 minutos e 43 segundos de duração), é foda em níveis absurdos, um verdadeiro magnum opus dentro da discografia do lindinho. Mas meu coração ficou com esse “EP” que eu considero um LP (e nem venham me contestar, ok?). Já começa fodendo com a minha vida com a faixa-título de 12 minutos que tem corais, uma orquestra, guitarras discretas porém enlouquecidas e uma bateria que se utiliza da dinâmica pra fortalecer os rompantes dessa pocket symphony sobre o apocalipse. Isso porque ainda estamos na primeira faixa, mas Sufjan foi bonzinho e fez o miolo de lindas canções com instumentação mais suave e vozes confortantes. Depois de uma versão classic rock da faixa-título e uma belíssima canção com fortes influências country que lembra o material de Illinoise, Sufjan dá o tiro de misericórdia com uma música dedicada à sua irmã. Uma peça de 17 minutos que passa pelo já conhecido estilo orquestral-coral de Mr. Stevens, se infunde num progrock movido a uma guitarra metálica e distorcida que improvisa durante boa parte da música, com alguns crescendos e retornos à suavidade. Mas isso é só a introdução. Quando Sufjan começa a cantar a letra, lá pelos 12 minutos, a música ganha ares softrock e uma bateria sintetizada se junta ao vocal ambientalizado do lindo cantor, como uma espécie de prenúncio do que virá em The Age Of Adz. Além disso a lindíssima letra de amor e companheirismo à irmã coroa esse final de tirar o fôlego. Lindo, lindo, lindo do começo ao fim! Se isso é um EP, porran, o que é que quer dizer um LP, né?
Na playlist: Heirloom, Enchanting Ghost, All Delighted People (Original).
#3. Goldfrapp – Head First
De volta como uma evolução da sua persona de Supernature, Alison Goldfrapp não tem medo de nada. Ela faz um disco oitentista até o talo, futurista até o talo, pop até o talo, sexy até o talo e o finaliza com uma faixa de experimentação vocal, que, por algum motivo mágico, soa como parte essencial de tudo que foi ouvido nas faixas anteriores. Ela e Will Gregory fazem um álbum que eu gosto tanto, que me traz tanta delícia, que eu nem sei direito o que dizer. Se em Supernature ela era eletropop com influências retrô, aqui ela é retrô com influências eletropop. E mesmo assim você não consegue imaginar o disco sendo feito e lançado nos anos 80. Essa mulher é uma bruxa! Ou uma vampira-bruxa que bebe sangue de garotos metaleiros usando suas escravas em trajes de ginástica vindos direto… atenção: dos anos 80! Alison resolveu ser uma diva. Mesmo sem vender tanto quanto uma artista pop de rádio, ela resolveu ser uma diva. Mas veja bem: uma diva musical. O disco te refresca a cada faixa, ele simplesmente não se repete. É uma jornada de sintetizadores e batidas pulsantes guiada pela voz da loira que leva, como a última faixa faz questão de deixar claro, a um lugar indefinido porém cheio de som e talvez uma outra viagem. E na melhor faixa do disco Alison canta: “I’m feeling alive again!”.
Na playlist: Voicething, Alive, Believer.
#2. Robyn – Body Talk Trilogy
Sim, depois de todos os rolos de lançamentos mil em países diferentes em datas diferentes de anos diferentes do seu homônimo álbum de renascimento, a rainha sueca da música pop, Hennes Majestät Robyn, voltou em 2010 não com um simples álbum, mas com 3 mini-álbuns matadores. A trilogia Body Talk está sendo considerada aqui como um álbum só pois nada se perde dentre as 22 faixas contidas nas 3 partes do projeto. Existem momentos um pouco mais baixos que o resto do todo, mas nada que seja dispensável. Nem mesmo a tradicional canção sueca Jag Vet En Dejlig Rosa, numa linda interpretação singela de Robyn, pode ficar de fora. Tudo aqui é maravilhoso. Não interessa se você quer cantar junto, bater cabelo, dançar break, cantar raps robóticos, ser a rainha da pista de dança sem socializar com ninguém ou chorar num canto escuro da buatchy, não importa o que você quer na música pop: está tudo aqui. E com qualidade musical de altíssimo nível com espaço para experimentações eletrônicas. Robyn redefine a sua própria sonoridade sem deixar pra trás o que começou com o Robyn em 2005. Eu arrisco a dizer que ela redefine o pop eletrônico no geral com esse LP. E ainda faz tudo isso se divertindo horrores! Não se espantem se daqui a algum tempo alguma popstar estadunidense aparecer com algo muito parecido com o que há em Body Talk porque, caso você não saiba, a Suécia fabrica a música pop dos EUA desde o final dos anos 70, mas eles preferem usar o futuro antes com eles mesmos. Sem dúvidas, o álbum (projeto, se você preferir) que inaugurou a música pop dos anos 2010.
Na playlist: In My Eyes, Dancehall Queen, Time Machine.
Chegou a hora de conhecer a trinca que divide o topo dessa lista. Mas se você está acompanhando a playlist enquanto lê, eu compliquei sua vida aqui: as faixas dos 3 álbuns #1 estão misturadas pra você ouvir. Foi a melhor maneira de reiterar como eu penso e sinto que os 3 discos em questão estão no mesmo nível. Então lá vão, em ordem alfabética pelo nome do artista (assim como está misturado na playlist) os 3 álbuns insuperáveis de 2010 na minha opinião:
#1. Arcade Fire – The Suburbs
#1. Janelle Monáe – The ArchAndroid
#1. The Knife in collaboration with Mt. Sims & Planningtorock – Tomorrow, In A Year
O primeiro grande disco de rock da década, o álbum que anuncia definitivamente o futuro da black music e o álbum duplo da trilha sonora de uma ópera contemporânea sobre Charles Darwin: esses são os melhores discos de 2010 na minha nem-sempre-tão-humilde-assim opinião. Eu decidi falar deles num texto só porque eles tem muitas coisas em comuns, apesar das diferenças gritantes e tão aparentes. Os três são épicos, conceituais, não facilmente digeríveis para ouvidos mais incautos e enormes. São 3 grandes triunfos musicais em 3 grandes gêneros da música pop dos nossos dias: Rock, Black Music e Experimental. São 3 histórias sendo contadas quase que ininterruptamente em canções de complexidade e beleza num nível tão alto que emociona e assusta ao mesmo tempo. Sim, os 3 discos me fazem chorar em determinados momentos, os 3 discos me tocam profundamente com letra e com música. Cada um dos 3 me move de um jeito distinto mas emocionalmente semelhante. Eles atingem meu eu-músico e me dizem que as fronteiras da arte mais consumida e produzida no mundo não só podem como devem ser quebradas sempre que possível, sempre que uma oportunidade aparecer. São daqueles discos que me fazem ter mais vontade ainda de ser artista e de provocar em outras pessoas o que eles provocam em mim. Mas claro que nada disso vem de sopetão.
Eu acompanho os canadenses do Arcade Fire desde o final de 2005 quando eu descobri, um tanto quanto tardiamente, o primeiro disco deles e foi amor à primeira ouvida. E eles são grandes desde sempre, eu penso. Esse The Suburbs é só uma prova de que eles não são apenas grandes, eles são grandes artistas. Eles contam histórias com música como poucos dentro do rock hoje em dia. E não é qualquer rock, é um rock da estirpe de Queen, de Beatles. É o renascimento do rock para a nova década.
A lindíssima e iluminadíssima Janelle Monáe chegou ao meu ouvido quando um amigo me apresentou, ainda em 2009, o impressionante vídeo de Many Moons (que pra mim ainda é a canção-obra-prima da moça). Outro amor à primeira ouvida e lá fui eu atrás do EP que é a primeira parte (ou Suite, como ela chama) da saga de amor e revolução da heroína andróide Cindi Mayweather, o eu-lírico de Janelle dentro desta sua obra conceitual. O referido EP é um aperitivo com o gosto de um prato principal de um enorme banquete de brilhantismo musical que atingiu seu ponto mais alto (até agora já que ainda temos que esperar para a conclusão da história de Cindi) com The ArchAndroid, uma disco visionário, ousado e enérgico.
A dupla The Knife, dos suecos (país abençoado essa Suécia) irmãos Dreijer (lembram como Karin abocanhou o topo dessa lista de 2009 com o seu Fever Ray?) eu conheci através do meu parceiro de crime Phill Wanzeler, que me apresentou à primeira faixa do segundo disco deles. Adivinhem? Amor à primeira ouvida! O terceiro disco, ainda melhor, me deixou louco, com aquele pensamento de “como eu vivi sem ter conhecido isso antes???”. E então eles retornam depois do hiato (em que Karin se dedicou ao Fever Ray e Olof ao Oni Ayhun) lançando uma versão de estúdio da já tão falada trilha da ópera sobre Darwin, em parceria com o estadunidense Mt. Sims e com a britânica Planningtorock. Não só um álbum, mas um álbum duplo com 90 minutos de duração. Um disco completamente inconvencional e difícil, feito de ruídos, experimentações, texturas, percussões, canto lírico e letras poético-narrativas sobre a vida e a obra de Charles Darwin.
Esses 3 discos fizeram meu ano ficar maior. Não em duração, mas em amplitude. Não importa se algumas pessoas contestaram minha decisão de manter os 3 discos nesse topo, nem se contestaram se o disco do The Knife deveria estar nessa lista. São 3 discos que mudaram a minha vida no mesmo ano. Porra, e que ano foi 2010! Uma jornada tão complexa e emocionante quanto esses 3 discos juntos. É por isso que eles ficaram no topo: porque eu ouvi a minha vida neles mais de perto, mais de dentro, do que nos outros.
Na playlist:
Arcade Fire – Empty Room, Month Of May, Sprawl II (Mountains Beyond Mountains);
Janelle Monáe – 57821, Faster, Cold War;
The Knife – Annie’s Box (alt. vocal), The Height Of Summer, Colouring Of Pigeons.
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