Essa nova sessão (ou coluna?) do blog tem um título autoexplicativo. Eu vou falar aqui do meu passado, fazer um exercício de autocrítica a coisas que eu fiz e tudo e tal. Tem tudo a ver com o período atual: eu estou revisitando meu passado “artístico” pra poder olhar melhor pro futuro e ter boas referências no que estou fazendo no presente. Uma coisa meio clichê e que soa brega e egocêntrica, mas que eu acho interessante fazer e compartilhar.
Como esta é a primeira edição, eu vou mostrar bastante coisa, depois do pulo.
Lembrando que ordem cronológica é uma coisa que não existe aqui.
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O PRIMEIRO VÍDEO
Em 2002, eu ganhei meu primeiro computador como presente de aniversário do meu pai, com direito a impressora e webcam. Tão logo eu descobri como se fazia, fiz meu primeiro videozinho amador com a citada webcam.
A pérola, entitulada “Assassinato”, nos seus minúsculos 39 segundos abarca uma série de influências nefastas que vão de um personagem infantil de Malhação daquela época até novelas mexicanas passando por filmes trash de terror. Como se não bastasse, em 2003, eu e meu primo desenvolvemos este enredo e criamos uma história para um nunca realizado longametragem amador cheio de ação, sangue e créditos animados 3D de quinta categoria.
Com vocês, o começo de tudo.
ASSASSINATO
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PROTÓTIPO
Antes de eu começar a lançar minhas produções musicais e remixes e afins na Internet, eu guardava minhas experiências sonoras pra mim mesmo e só mostrava pra amigos próximos e família. Como eu gosto de me historicizar (explicarei isso mais pra frente), eu chamei essa fase da minha “carreira” musical de Era Prototípica (2002 – 2006), pois eu era o protótipo do bedroom producer e compositor amador que sou hoje.
Como uma criança feliz que sempre fui, eu fazia álbuns, compilações e afins com o que eu produzia e gravava em CD. É sobre algumas faixas do último desses álbuns (depois só tem compilações) que eu vou falar hoje.
De 2005, “The Sunshine Of A New Tomorrow” tem um título que soa um tanto quanto profético. Ele é o último álbum da fase prototípica concebido como um álbum. Apesar da falta de estabilidade estilística que me era (e ainda é) própria, ele soa um tanto quanto coerente devido aos baixos proeminentes, faixas quilométricas e repetitivas, experimentalismo irresponsável e covers vergonhosos. Logo depois dele, em 2006, eu comecei a trabalhar naquele que seria o meu primeiro álbum com vocais e que seria disponibilizado na Internet. Infelizmente, problemas informáticos me levaram a perder 4 canções completamente prontas para mixagem final e “Disc One” (o nome do projeto) foi deixado pra trás, dando lugar, em 2007, para o atual projeto de primeiro álbum vocal, em produção.
Eu escolhi algumas faixas deste trabalho para mostrar pra vocês, lembrando que elas não estão masterizadas já que na época eu não sabia muito sobre finalização de áudio para música e afins.
[MP3] Cairo Braga – Cold Foggy NightComo diriam Las Bibas From Vizcaya, eu estava com mágoa de Coldplay quando fiz esta faixa.
Totalmente chupinhada, plagiada e malcopiada da faixa Politik do quarteto britânico, essa pérola de quase 11 minutos entrega que eu estava ouvindo muito Coldplay na época. Sem dizer que tem uma cover de God Put A Smile Upon Your Face neste meu álbum. Ela me diverte, com seu nome nada criativo (era uma noite fria e com neblina quando eu fiz), sua repetitividade eterna e sua mixagem muito ruim.
[MP3] Cairo Braga – The Sugar Sugar Dance JamUma mistura louca de influências, essa cover experimental de Sugar Sugar é muito sincera apesar de tudo. Ela mostra que, na época, eu fazia música pra ninguém mais a não ser eu mesmo. Ela tem sonoridades e elementos que eu tirei principalmente do dance comercial que tocava nas rádios e de Swastika Eyes. 8 minutos de falta de noção e mixagem ruim, de novo.
[MP3] Cairo Braga – Terreiro (feat. P.O.M.B.A.)Essa daí tem toda uma história.
No primeiro ano do Ensino Médio, a professora de Artes tinha pedido pra fazermos um trabalho de ambientação sonora. Meu grupo (que formava o já falecido coletivo P.O.M.B.A.) decidiu por dois ambientes: um terreiro de Umbanda e um banheiro de casa noturna. Reunimos-nos todos no meu quarto e gravamos no computador para que eu editasse e tratasse o som depois. Trabalho feito e entregue, eu resolvi brincar com a gravação do terreiro. Entrecortei o áudio loucamente pra dar destaque às palmas e coloquei pra acompanhar uma base completamente bizarra e viajante. O resultado é a insanidade que você ouve no MP3 acima, com o qual eu me despeço por hoje.
Vamos se encontrar na parada bi?
😉
Vamos se encontrar na parada bi?
😉