Sinceramente, eu não tenho muito a dizer sobre isso já que não é preciso dizer muito sobre isso e outras pessoas ao redor do mundo já falaram sobre isso. Mas eu queria deixar claro e explícito que, para mim, a última execução e manifestação patente, midiática e planetária do oportunismo é a “regravação” que as ridículas Pussycat Dolls fizeram da canção ganhadora do Oscar 2009, “Jai Ho”, de A. R. Rahman.
Você sempre espera que ninguém cometa o crime de escrever uma letra pop ridícula (em Inglês) para uma música lindíssima composta por um dos maiores e mais adorados compositores de Bollywood para encerrar um filme que é sucesso de crítica e público ao redor do mundo por sua inventividade e capacidade de síntese da efervescente, rica e sólida cultura pop de um país que tem uma cultura clássica riquíssima e extremamente sólida.
Mas aí vem um grupo pop sem nenhum talento e se utiliza do sucesso do filme e da canção pra ressucitar as vendas de seu último e flopado álbum. Esse grupo regrava a música (para o meu espanto, sob as bênçãos do compositor), lança um videoclipe e anuncia que “Jai Ho! (You Are My Destiny)” é o primeiro single de um relançamento de Doll Domination, a ser entitulado Doll Domination 2.0.
Até que ponto vai o oportunismo? Até que ponto vai a falta de senso de ridículo?
Como o embed do vídeo foi desabilitado (qual a razão das gravadoras fazerem isso se isso ajudaria na divulgação de seus artistas?), assistam ao absurdo clicando na figura abaixo.
a gente podia fazer uma versão eletrofunk mixado com Lady Gaga e Kokoro e lançar como single do Hey Ray!, não é mesmo?
o oportunismo é ridiculo, elas são toscas e a coreografia é o fim.
ps: eu já tinha visto essa merda.
ps 2: baila baila? kkk
a gente podia fazer uma versão eletrofunk mixado com Lady Gaga e Kokoro e lançar como single do Hey Ray!, não é mesmo?
o oportunismo é ridiculo, elas são toscas e a coreografia é o fim.
ps: eu já tinha visto essa merda.
ps 2: baila baila? kkk
Cairo, ainda não ouvi “elas” cantando isso e não sei qual foi a versão para a letra, mas seu post me fez lembrar de um episódio bem parecido aqui no Brasil, a Perla gravou uma musica do Pink Floyd, deusnosacuda …. peloamordedeus, ouvir aquilo ….. kakkakak
Tem um selo para você lá no blog 🙂
Cairo, ainda não ouvi “elas” cantando isso e não sei qual foi a versão para a letra, mas seu post me fez lembrar de um episódio bem parecido aqui no Brasil, a Perla gravou uma musica do Pink Floyd, deusnosacuda …. peloamordedeus, ouvir aquilo ….. kakkakak
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É isso aí! Embora possamos ficar discutindo emblematicamente a questão do oportunismo e similaridades. A cultura é, quer gostemos ou não, uma indústria. E o mercado é a lógica que governa a lógica globalizada. Esta história de sermos cidadãos do mundo é mais do que retórica em certos sentidos, e puramente retórica em outros. A questão é que existe nesta lógica de mercado ou do mercado americano, baiano, havaiano, gaúcho, indiano,e que transformou tudo em mercadoria ou produto. Assim, existe a “indústria cultural” é só ler Walter Benjamin e os frankfurtianos. Cairo tem razão ao falar de oportunismo. Entretanto, este oportunismo conceitual que ele ainda cultua, e que tem mais nuances negativas, está perante a lógica de mercado, esvaziado de sentido, e porque não dizer, vulgarizado. E, como bem lembra o Cido: oportunismo de quem? Se eu produzo e vende, se eu produzo e tem que aprova e compra, quem ganha com isto? No caso em questão, ganham as rídiculas e ganha o gênio. Infelizmente o rídiculo vende mais do que o genial. E o genial vende quando se traveste de rídiculo. E qual a diferença entre o rídiculo e o genial? Globalização é também “o liquidificador” que bate tudo num suco e torna digerível, e assim o rídiculo e o genial se fundem e se misturam e geram o que alimenta a indústria cultural: o produto cultural. Neste caso, o oportunismo apenas segue a regra do consumo e do mercado. E que em administração, dentro dos estudos de planejamento estratégico, torna-se oportunidade. Ganharam as rídiculas. Ganhou o Gênio. E quem consumiu e gostou também se sente ganhador. E quem não gostou, não consumiu ou não consumirá mais. Na indústria cultural podemos parecer ingênuos e meros consumidores, mas sempre nos resta a possibilidade de fecharmos os olhos, taparmos os ouvidos, desligar o rádio, a tv, fechar o livro, a revista, o jornal, ou aproveitar a oportunidade ou o oportunismo. Sei lá, o que era feio ficou belo e o que era belo pode passar a ser feio. E assim caminha a humanidade! Ciao!
É isso aí! Embora possamos ficar discutindo emblematicamente a questão do oportunismo e similaridades. A cultura é, quer gostemos ou não, uma indústria. E o mercado é a lógica que governa a lógica globalizada. Esta história de sermos cidadãos do mundo é mais do que retórica em certos sentidos, e puramente retórica em outros. A questão é que existe nesta lógica de mercado ou do mercado americano, baiano, havaiano, gaúcho, indiano,e que transformou tudo em mercadoria ou produto. Assim, existe a “indústria cultural” é só ler Walter Benjamin e os frankfurtianos. Cairo tem razão ao falar de oportunismo. Entretanto, este oportunismo conceitual que ele ainda cultua, e que tem mais nuances negativas, está perante a lógica de mercado, esvaziado de sentido, e porque não dizer, vulgarizado. E, como bem lembra o Cido: oportunismo de quem? Se eu produzo e vende, se eu produzo e tem que aprova e compra, quem ganha com isto? No caso em questão, ganham as rídiculas e ganha o gênio. Infelizmente o rídiculo vende mais do que o genial. E o genial vende quando se traveste de rídiculo. E qual a diferença entre o rídiculo e o genial? Globalização é também “o liquidificador” que bate tudo num suco e torna digerível, e assim o rídiculo e o genial se fundem e se misturam e geram o que alimenta a indústria cultural: o produto cultural. Neste caso, o oportunismo apenas segue a regra do consumo e do mercado. E que em administração, dentro dos estudos de planejamento estratégico, torna-se oportunidade. Ganharam as rídiculas. Ganhou o Gênio. E quem consumiu e gostou também se sente ganhador. E quem não gostou, não consumiu ou não consumirá mais. Na indústria cultural podemos parecer ingênuos e meros consumidores, mas sempre nos resta a possibilidade de fecharmos os olhos, taparmos os ouvidos, desligar o rádio, a tv, fechar o livro, a revista, o jornal, ou aproveitar a oportunidade ou o oportunismo. Sei lá, o que era feio ficou belo e o que era belo pode passar a ser feio. E assim caminha a humanidade! Ciao!
Oportunismo de quem?
Sem dúvida, as Pussycat Dolls aproveitaram (sabiamente, diga-se de passagem, já que aproveitar oportunidades de mercado é uma invensão norte-americana) de maneira oportunista (Claro! Qualquer forma de arte é meramente produto nos EUA!) o estrondoso sucesso de “Slumdog Millionaire” e da música-tema do filme, “Jai Ho”, do cultuado A. R. Rahman. Não há muito o que falar sobre isso, visto que é a mais pura verdade.
Contudo, nós Ocidentais temos o péssimo hábito de voltar nossos olhares ao Oriente como se este fosse inferior a nós em todos os sentidos: na cultura, na arte, na religião, na política, na estrutura social e na economia também.
O que nós, Ocidentais, nos esquecemos é que os Orientais são tão ou mais sábios quanto nós e que, apesar da noção de economia de mercado não existir entre eles, isso não significa que eles não são grandes economistas e visionário do que nós entendemos por “mercado” (outra invensão norte-americana…).
O caso da regravação de “Jai Ho” pelas Pussycat Dolls sob as bênçãos de A. R. Rahman parece ser um exemplo dos mais marcantes da imensa sabedoria Oriental: Rahman, cultuado em Bollywood, não apenas permitiu a regravação como também emprestou sua imagem para o clipe. Sendo ele quem é, não foi ingenuidade nenhuma de sua parte tais atitudes: ele o fez com intenções muito claras e precisas de, na linha do estrondoso sucesso de “Slumdog Millionaire”, se aproveitar do igualmente estrondoso sucesso midiático mundial das Pussycat Dolls para divulgar sua música e, principalmente, sua imagem.
Ou seja: Rahman também está se aproveitando, de maneira tão oportunista quanto, não apenas do sucesso do filme e da regravação das Pussycat Dolls, mas sobretudo da oportunidade que o Ocidente está lhe oferecendo de se tornar mundialmente conhecido e respeitado.
Portanto, de quem é o oportunismo nisso tudo? Mais ainda: quem está ganhando mais nesse contexto?
Oportunismo de quem?
Sem dúvida, as Pussycat Dolls aproveitaram (sabiamente, diga-se de passagem, já que aproveitar oportunidades de mercado é uma invensão norte-americana) de maneira oportunista (Claro! Qualquer forma de arte é meramente produto nos EUA!) o estrondoso sucesso de “Slumdog Millionaire” e da música-tema do filme, “Jai Ho”, do cultuado A. R. Rahman. Não há muito o que falar sobre isso, visto que é a mais pura verdade.
Contudo, nós Ocidentais temos o péssimo hábito de voltar nossos olhares ao Oriente como se este fosse inferior a nós em todos os sentidos: na cultura, na arte, na religião, na política, na estrutura social e na economia também.
O que nós, Ocidentais, nos esquecemos é que os Orientais são tão ou mais sábios quanto nós e que, apesar da noção de economia de mercado não existir entre eles, isso não significa que eles não são grandes economistas e visionário do que nós entendemos por “mercado” (outra invensão norte-americana…).
O caso da regravação de “Jai Ho” pelas Pussycat Dolls sob as bênçãos de A. R. Rahman parece ser um exemplo dos mais marcantes da imensa sabedoria Oriental: Rahman, cultuado em Bollywood, não apenas permitiu a regravação como também emprestou sua imagem para o clipe. Sendo ele quem é, não foi ingenuidade nenhuma de sua parte tais atitudes: ele o fez com intenções muito claras e precisas de, na linha do estrondoso sucesso de “Slumdog Millionaire”, se aproveitar do igualmente estrondoso sucesso midiático mundial das Pussycat Dolls para divulgar sua música e, principalmente, sua imagem.
Ou seja: Rahman também está se aproveitando, de maneira tão oportunista quanto, não apenas do sucesso do filme e da regravação das Pussycat Dolls, mas sobretudo da oportunidade que o Ocidente está lhe oferecendo de se tornar mundialmente conhecido e respeitado.
Portanto, de quem é o oportunismo nisso tudo? Mais ainda: quem está ganhando mais nesse contexto?